História dos Personagens - Edição Alohianna.

Uma elfa criada aos moldes da realeza élfica, seu sobrenome era sinônimo de poder e elegância, com excêntrico donaire*, os garbosos elfos da família Novellis possuíam um prestígio grandioso.

Alohiana passou toda sua infância distante do mundo humano, desde cedo aprendeu tudo o que a imortalidade élfica tinha a lhe ensinar, toda a arrogância dos elfos, toda a tranquilidade de uma longevidade, toda a graça nas danças de corpos esbeltos, e todo o talento de amplificar a beleza da natureza com o elo natural.
 
Com o passar dos anos, todo o conforto e felicidade da vida de seus consanguíneos era tudo o que conhecia, para a elfa o mundo era apenas aquela pequena comunidade élfica em meio à floresta, desconhecia tudo que se passava além da cidade dos sonhos, a vila era sua realidade.
 
Essa harmonia esvaiu-se como uma centelha de fogo ao martelar de um ferreiro que em um instante após brilhar desaparece na mesma escuridão que a criou. O equilíbrio da floresta foi destituído, assim como toda a vida que lá brilhava.
A vila élfica já não era mais segura, criaturas vindas de algum abismo haviam sido libertas e atacaram a morada dos elfos.

Alohiana escapou sozinha, pois sua mãe havia tido um presságio ruim e pediu para que Alohiana fosse até os Alpes buscar ajuda de algo que nem ela sabia o que era, seus presságios eram sempre respeitados pois era uma mulher de sensibilidade elevadíssima.

Apesar de Alohiana ter ido a contragosto, atendeu o pediu secreto de sua mãe e enquanto estava fora do vilarejo élfico, este foi atacado e destruído por criaturas sombrias compostas de trevas.

Alohiana tentou voltar, mas viu seu antigo lar destruído e habitado por criaturas do país dos pesadelos. Sem coragem ela fugiu sem rumo, salvando seu corpo mais não sua alma, pois um pedaço dela ficou naqueles vales maravilhosos, sua essência, sua vida, sua base, tudo ficara para trás.
 
Exposta ao novo mundo, Alohiana, não sabia para onde ir, não tinha nada, exceto a cultura esnobe e a arrogância pertinente aos elfos, mas ao longo do tempo teve de aprender sobreviver da maneira como foi necessário.

Logo sua cultura não tinha valor, o valor em si era atribuído a itens, a dança não tinha o valor devido, tão menos as árvores resmungonas que nem eram ouvidas, nem os pássaros que alegravam a todos da vila eram notados pelo novo povo. No lugar de tudo isso havia os pertences, os bens valiam e o ouro sobretudo.
 
Com esse aprendizado, Alohiana passou a prestigiar a vida como os humanos apreciam-na, no início ela sentiu medo e achou que não podia mais continuar vivendo, porém encontrou forças num processo em que sua personalidade foi profundamente modificada.

Neste processo difícil, descobriu a si mesma, pois suas habilidades mágicas foram descobertas e através de dezenas de mestres que Alohiana encontrou pelo rio da vida, aprendeu a ampliar e controlar seus poderes místicos.
 
Após conseguir algum poder, Alohiana saiu para se aventurar com um grupo em busca de riquezas mágicas para poder aumentar ainda mais o seu conhecimento e esta busca durou anos, seu grupo era composto por seres amaldiçoados e degenerados buscando glória, justiça e respostas para suas inquietações sobre a vida.
 
Na última aventura que o grupo enfrentou. Num velho forte, onde um poderosíssimo bruxo morava, uma invasão fora feita em busca um estranho artefato capaz de controlar o clima. Mas estranhas criaturas habitavam o forte, armadilhas ardilosas reforçavam a segurança e magias poderosas mantinham qualquer um longe da sala do bruxo.
 
O ousado grupo enfrentou um desafio a cada sala que adentrou, os ferimentos aumentavam, o cansaço surgia, e a expectativa dobrava a cada sala vencida.
 
Após dezenas de salas, um a um, os membros do grupo caíam, até restar apenas Alohiana e o amaldiçoado, um velho companheiro.
 
Ambos fintaram os olhos quando estavam diante da última porta, decorada com platina e ouro, com fechaduras de aço e detalhes com rubis, com o andar hesitante, Alohiana se aproximou e verificou se havia alguma armadilha, e para sua surpresa a porta estava aberta.
 
Ambos encontraram então o bruxo, Abdul Alhazed, um lich, que logo tratou de matar o companheiro de Alohiana, e só não a matou porque tinha planos mais sombrios para a mesma.
 
Tatuou em seu braço direito, alguns símbolos mesclados entre símbolos místicos, tribais e astrológicos. A dor foi intensa durante as tatuagens, mas não maior do que a perda de seus amigos.
 
O lich desejava se casar com Alohiana, idéia que ela repudiava. Ela viveu um mês como súdita de Alhazed, e aprendeu um pouco de sua feitiçaria. o feiticeiro viu então a sede dela pelo poder e então mostrou o seu terrível livro dos mortos, ao qual Alohiana começou a ler numa tentativa de adquirir poder e saciar suas dúvidas em relação a magia, mas só conseguiu enlouquecer com as linhas tracejadas com sangue, poesias mórbidas e rituais enlouquecedores.
 
A jovem elfa não estava preparada e fugiu do forte enlouquecida, a partir deste dia ela passou a ter pesadelos todas as noites. Assim se inicia a fase decadente da elfa, começou a beber para tentar inutilmente não sofrer com memórias e traumas, mas os efeitos da fermentação não era o suficiente, ela também passou a ingerir chás alucinógenos e alimentos indicados pelos xamãs para acalmar.
 
A elfa então sem rumo continuou em suas aventuras, como uma mercenária, em troca de seus trabalhos ela pedia grimórios e livros raros, ao passo que assim que os lia, vendia ou trocava-os.
 
Abdul a persegue, ao menos é oque ela acha...
 

*donaire: elegância.

Instigante cara! Boa mesmo!